Bangkok, Tailândia
- Yan Soares

- Sep 14
- 3 min read
Eu passei quase um mês em Bangkok, e a verdade é: isso ainda não foi suficiente. Me hospedei em Sukhumvit, um bairro moderno e super conectado, que mistura o ritmo cosmopolita com as raízes tailandesas. E foi justamente ali que consegui me aprofundar na cultura do país — com comida de rua, templos, mercados, centros comerciais gigantescos e... muita, muita moto.

Se tem uma coisa que eu aprendi rápido foi: esquece carro e táxi. O trânsito de Bangkok é caótico, lento e imprevisível. Mas as motos? Elas passam por todo mundo, são super rápidas e baratas. Além disso, andar de moto por Bangkok é uma aventura divertida — você vê a cidade de perto, sente o vento quente no rosto e chega nos lugares rapidinho. Recomendo!
O metrô (BTS/MRT) também é bom, limpo e eficiente. Mas você precisa caminhar até a estação, fazer baldeações e, no fim, ainda andar até o seu destino. E, por quase o mesmo preço, você pode pegar uma moto. Faça as contas, literalmente e emocionalmente.
Olha… eu achava que o Brasil era o rei dos shoppings. Já viajei para muitos países e sempre achei que os brasileiros ganhavam nesse quesito. Mas Bangkok me chocou. Eu perdi a conta de quantos shoppings vi. Um mais moderno que o outro, todos com ar-condicionado congelante, andares infinitos, cinemas, mercados gourmet e até pista de patinação. O CentralWorld, o ICONSIAM, etc, etc… é uma overdose consumista que, mesmo pra quem não vai comprar nada, vale a visita.
Fui à Chinatown três vezes. Isso já diz tudo. É enorme, viva, caótica e deliciosa. Uma mistura de cheiros, cores, sabores e sons que não dá pra explicar — só vivendo. Comida de rua em cada esquina, barracas vendendo coisas que você nunca viu na vida e... escorpião. Sim, eu comi escorpião na Chinatown. E sabe o que mais? Gostei. Crocante, levemente doce. Comeria de novo fácil. Custou 10 reais (60 baht) e rendeu boas risadas e um ótimo vídeo.
Praticamente choveu todos os dias. Mas isso é típico de país tropical, como no Brasil: chuva forte por uma hora e, depois, o sol volta com tudo. O bom é que o clima fica sempre quente, e a cidade não para por causa da água. Bangkok é resiliente — e você aprende a ser também.
Um dos lugares interessantes foi o Wat Arun, o “Templo do Amanhecer”. Às margens do rio Chao Phraya, ele é todo decorado com cerâmica colorida e tem uma vista incrível lá de cima. Subir suas escadas íngremes é quase um ritual. Lá do alto, dá pra ver a cidade em contraste com o rio e sentir uma paz rara em meio ao caos urbano.
Um dos dias mais especiais foi quando visitei um santuário de elefantes, a cerca de duas horas de Bangkok. Lá, os elefantes são resgatados, bem cuidados, e vivem livres. Pude alimentar eles, caminhar ao lado deles e observar como são animais carinhosos, inteligentes e cheios de personalidade. A experiência foi tão mágica e transformadora, que estou considerando voltar para fazer tudo de novo. Foi um momento de conexão com a natureza, comigo mesmo e com esses seres tão gentis.
Bangkok é uma cidade que te conquista aos poucos. É intensa, inesperada, quente, doce, picante e humana. Tem tanto pra fazer, pra ver e provar, que um mês passa voando. Você pode estar comendo um Pad Thai delicioso por 5 reais de manhã, andando de moto à tarde e vendo um pôr do sol budista à noite. Tudo isso num só dia. Mas se você acha que vai conhecer tudo em 24 horas… esquece, guri. Bangkok não é uma cidade pra ser vencida. É pra ser vivida.






















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