Israel
- Yan Soares

- Sep 13, 2022
- 2 min read
Updated: Jun 1
Israel sempre foi um lugar especial para mim. Como judeu, cresci sentindo uma conexão forte com aquela terra — com a sua história, a sua língua, a sua espiritualidade. Estar lá era um dos itens principais na minha lista de desjeos, e posso dizer com toda certeza: não me arrependo nem por um segundo. Passei três meses e meio em Israel, o quarto país onde mais fiquei até hoje, e essa temporada marcou minha vida de muitas formas.

Naquela época, eu estava começando minha carreira online e também minha jornada como nômade digital. Olhando para trás, percebo como ainda era imaturo — cheio de dúvidas, aprendendo a lidar com responsabilidades, descobrindo o mundo e a mim mesmo ao mesmo tempo.
Trabalhei num hotel, num ritmo puxado, e isso me ensinou lições valiosas sobre gestão de negócios, liderança e trabalho em equipe. Além disso, fui o responsável pelo café da manhã, e ali desenvolvi habilidades na cozinha brasileira e israelense. Foi uma verdadeira escola — não só de gastronomia, mas também de humildade e generosidade.
Aproveitei para viajar o país inteiro, do norte ao sul. Explorei montanhas, desertos, cidades modernas e vilarejos antigos. Cada região tem sua própria alma e identidade. Ainda assim, Israel é um daqueles lugares em que sempre há algo novo para descobrir. Deixei muitos cantos ainda por explorar — o que só me dá mais vontade de voltar.
E não posso deixar de mencionar: as praias israelenses durante o verão e o outono têm as águas mais quentes que já experimentei na vida. Um verdadeiro paraíso.
Durante minha estadia, tentei aprender hebraico. É uma língua fascinante, com raízes antigas e estrutura única. Cheguei a entender bastante e me comunicar um pouco, mas, com o tempo e a falta de prática, fui perdendo fluência. Ainda assim, até hoje entendo várias palavras e frases em conversas.
Viver em Israel também me deu a chance de vivenciar os principais feriados judaicos de uma forma muito especial:
Yom Kippur: o Dia do Perdão, o momento mais sagrado do calendário judaico. É um dia de jejum e introspecção, onde as cidades praticamente param. Ver Israel sem carros nas ruas foi algo inesquecível.
Sukkot: a Festa das Cabanas, que celebra a travessia do povo judeu pelo deserto. As famílias montam cabanas (sukkot) e fazem refeições nelas — participei de algumas celebrações e adorei a atmosfera comunitária.
Rosh Hashaná: o Ano Novo judaico. Cheio de simbolismos e refeições doces, como maçã com mel, desejando um ano próspero.
Fiz muitos amigos e vivi experiências que me transformaram. Israel me ensinou a ser mais resiliente, curioso e conectado com minhas raízes. A intensidade do país se reflete nas pessoas, na música, na comida, nos debates acalorados e na convivência multicultural.
Se você se interessa por história, espiritualidade, gastronomia, cultura e idiomas, Israel é um destino que vale cada segundo. É um país que exige disposição para ver o belo e o complexo, o antigo e o moderno, tudo convivendo em um mesmo espaço. A minha passagem por Israel não foi apenas uma viagem. Foi um capítulo de formação pessoal. Parte fundamental de quem sou hoje.
FOTOS TIRADAS POR YAN SOARES




























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