Londres, Inglaterra

A primeira vez que fui a Londres foi em 2021, e desde então... bom, já voltei milhões de vezes (sem exageros!). Não é a minha cidade favorita no mundo — longe disso, pra ser sincero — mas existe algo em Londres que me puxa de volta. E esse algo são as pessoas. Meus amigos, meus alunos, encontros inesperados, abraços familiares, risadas nos cafés e longas conversas em parques cinzentos. Londres é isso: uma cidade que pode ser fria, barulhenta e cara… mas com o calor certo nas pessoas certas, tudo muda.

Londres é a terra da Mary Poppins, e só por isso ela já ganha pontos comigo. Desde pequeno sou apaixonado por essas histórias. Quando estou caminhando pelas ruas da cidade, às vezes imagino que alguma esquina pode me levar direto para dentro duma história do livro. Londres tem esse poder de te fazer sentir dentro duma história, dum livro, dum filme. Aliás, uma curiosidade divertida: o criador de Mary Poppins, P.L. Travers, não gostava da adaptação da Disney. Mas o mundo discorda — porque não tem como não amar.

Londres é gigantesca. Você pode ir mil vezes e ainda assim sempre encontrar algo novo. Os bairros centrais como Soho, Covent Garden, Camden Town, Notting Hill, Shoreditch — cada um tem sua personalidade, sua cor, sua gente. No Soho, você sente o pulso da cidade, com teatros, restaurantes, bares e arte de rua. É onde Londres mostra seu lado mais ousado e criativo. A famosa Oxford Street é aquela avenida em que você caminha e sente o mundo inteiro passando ao seu lado. Lojas de tudo, para todos, sempre cheia, sempre viva. É difícil resistir a pelo menos uma voltinha por ali, mesmo que só para observar.

Uma das coisas mais marcantes em Londres é sua arquitetura. É uma mistura incrível de história e modernidade: castelos medievais ao lado de prédios espelhados, igrejas góticas perto de arranha-céus futuristas. O contraste é parte do charme. E não posso deixar de mencionar um dos meus lugares favoritos: o Big Ben! Ou melhor dizendo, o Elizabeth Tower, porque como Josh me contou, o “Big Ben” na verdade é o nome do sino, não do relógio. Eu cresci achando que o relógio se chamava Big Ben, como muita gente.

Meus alunos e eu visitamos o Estúdio do Harry Potter juntos, e foi um momento super legal para mim (talvez mais pra mim do que pra ele, rs). Ver os cenários reais, os figurinos, os detalhes dos filmes foi como mergulhar no mundo da infância e da imaginação. Se você ama Harry Potter, é parada obrigatória.

Originalmente, os “londoners” eram conhecidos pelo seu humor seco, educação impecável e certa distância emocional. Mas a verdade é que Londres hoje é uma mistura gigante de culturas, e talvez isso seja o que mais a define. É comum ouvir espanhol, árabe, francês, polonês ou hindi nas ruas, e essa diversidade é o que torna Londres tão viva e imprevisível.

Parte do meu carinho por Londres vem de visitar meus alunos e amigos que moram por lá. Tenho muitas histórias e conexões importantes na cidade. Micheline, uma das minhas melhores amigas, mora em Londres, e estar com ela sempre faz a cidade parecer mais acolhedora, mais minha. E claro, Josh e eu também estivemos em Londres algumas vezes. São memórias boas demais pra deixar passar. Mesmo que Londres nunca tenha sido a minha favorita, ela faz parte das minhas histórias favoritas.

FOTOS TIRADAS POR YAN SOARES