Sofia, Bulgaria
- Yan Soares
- Jul 7, 2024
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Updated: Jun 1
Sofia, a capital da Bulgária, foi o cenário da primeira viagem internacional que fiz com o Josh fora do País de Gales. E posso dizer, com o coração cheio, que foi uma das experiências mais especiais e memoráveis da minha vida. Três dias — só isso — mas cheios de tantas descobertas, emoções e beleza que pareceram uma pequena eternidade.
Essa viagem não teria sido a mesma sem o Josh. Na verdade, acho que nenhuma outra, nem antes e nem depois, teria sido tão boa se ele não estivesse comigo. Viver o novo ao lado de alguém que amamos transforma absolutamente tudo.

Sofia nos recebeu com surpresas em cada esquina. Uma cidade marcada pela herança da União Soviética, com seus grandes blocos de concreto, monumentos imponentes e aquele ar melancólico de tempos passados. Mas também uma cidade viva, cheia de contrastes e história. A língua búlgara, com seu alfabeto cirílico, me interessou muitíssimo. É uma daquelas línguas que parece um código secreto — mas, ao mesmo tempo, te convida a tentar decifrar, mesmo sem entender muito. A sinalização nas ruas e estações parecia um jogo de adivinhação, e isso só aumentou o charme da experiência.

As ruas de Sofia são largas, abertas, com uma sensação de espaço que é rara em outras capitais europeias. E aos domingos… ah, os domingos em Sofia! A cidade desacelera e parece que tudo convida para uma longa caminhada sem pressa. A beleza histórica está em toda parte: ruínas romanas à mostra no meio da cidade, antigas muralhas integradas à vida moderna como se o tempo ali se dobrasse sobre si mesmo.
Uma das coisas mais fascinantes de Sofia é como religiões coexistem lado a lado. Mesquitas, sinagogas, igrejas católicas e ortodoxas — todas próximas, quase conversando entre si. É uma prova visual de como a cidade foi moldada por séculos de influência otomana, bizantina, soviética, romana… E como, ainda hoje, carrega no rosto essas camadas todas.
Em frente ao nosso apartamento havia uma feira pequena, com bancas cheias de frutas e verduras frescas. Alfaces crocantes, tomates doces como frutas, pimentões enormes, uvas e peras que pareciam acabadas de colher.
Mas é impossível falar da cidade sem mencionar suas contradições. Tem muita pobreza, e isso é visível. Mas ao mesmo tempo, há uma gentileza no olhar das pessoas. Uma calma. Um orgulho silencioso da sua terra. E mesmo que o inglês não seja amplamente falado, conseguimos nos comunicar, sorrir e sentir uma conexão genuína.
Sofia é um lugar que ainda gostaria de explorar muito mais. Três dias foram só uma pequena amostra do que essa cidade tem a oferecer. E temos certeza: voltaremos. Porque às vezes, o destino de uma viagem é só um detalhe — o mais importante é com quem você divide o caminho.
Fotos e texto produzidos por Yan Soares.
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