Vienna, Austria
- Yan Soares
- Jul 28, 2022
- 2 min read
Updated: Jun 1
Passei cinco dias na Áustria, mas apenas um dia e meio na capital, Viena. E mesmo com tão pouco tempo, posso dizer com tranquilidade: foi uma das minhas cidades favoritas na Europa. Hoje, meu coração pertence a Budapeste — com sua energia, sua alma viva e sua arquitetura magnífica —, mas Viena me surpreendeu de um jeito calmo, silencioso e grandioso.

Viena é daquelas cidades que não grita para chamar atenção. Ela não precisa. Caminhar por suas ruas largas é quase como deslizar por um museu ao ar livre: palácios, igrejas e teatros com fachadas monumentais, impecavelmente preservadas. Se Budapeste tem uma beleza mais dramática e expressiva, Viena tem uma beleza mais sutil, aristocrática, limpa. E com pouquíssimos turistas (pelo menos comparado a cidades como Paris, Barcelona ou Roma), a experiência se torna ainda mais especial.
É impossível andar por Viena sem pensar no peso cultural e intelectual que essa cidade carrega. Foi casa de alguns dos maiores gênios da história:
Mozart, Beethoven, Schubert e Strauss compuseram aqui.
Sigmund Freud, o pai da psicanálise, viveu e atendeu pacientes vienenses.
Sem esquecer de Marie Antoinette, que nasceu arquiduquesa da Áustria antes de se tornar rainha da França.
É como se Viena tivesse sido, por séculos, um ímã para mentes criativas, ousadas e revolucionárias.

Viena também tem um capítulo sombrio em sua história. Foi nesta cidade que Adolf Hitler passou parte da juventude, muito antes de se tornar chanceler da Alemanha. Ele chegou em Viena com o sonho de ser artista — chegou a tentar entrar na Academia de Belas Artes de Viena, mas foi rejeitado duas vezes. Durante esse período, ele viveu em abrigos para sem-teto e desenvolveu ideias antissemitas e nacionalistas que marcariam tragicamente o século XX. Durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade sofreu com bombardeios e perseguições, e hoje, memoriais e museus relembram esse passado para que ele nunca se repita.

O que mais amo sobre Vienna:
O metrô de Viena é impecável, e você pode andar por toda a cidade com facilidade. Mas não pode comer no meytro. Uma mulher me ameaçou a chamar a polícia porque eu estava comendo um pão.
Em 2023, foi considerada a cidade com melhor qualidade de vida do mundo. Segurança, transporte, limpeza e serviços públicos são de altíssimo nível.
O que mais me chamou atenção foi a calma elegante de Viena. Pouco barulho, tudo funciona, e a cidade te convida a observar, a contemplar. Em muitos momentos me vi apenas andando e admirando os prédios, sem pressa, sem preocupação. Há algo de reconfortante em estar numa cidade que se orgulha tanto da sua história e cuida tão bem dela.
Mesmo com pouco tempo, Viena deixou um impacto profundo. Me fez pensar, me inspirou, me acalmou. É o tipo de lugar que faz sentido voltar, sem pressa, com mais tempo para explorar os palácios, os museus, os cafés e as histórias escondidas nas entrelinhas das fachadas. Se você busca elegância, cultura e tranquilidade, Viena está esperando por você — silenciosa, grandiosa e eterna.
FOTOS TIRADAS POR YAN SOARES
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